Padre César Silva fala na relevância de um verbo que acompanha a história humana
Lisboa, 25 mar 2023 (Ecclesia) – O padre César Silva, autor do livro «Levantando-se Maria», apresentado esta sexta-feira, indica à Agência ECCLESIA a importância de propor aos jovens o convite para se levantarem, “mais do que fisicamente”, procurarem a “urgência do bem”.
“O livro convida à atitude de Maria e todos os jovens estão convidados a este levantar-se, não apenas fisicamente – importa não ter medo e ter a urgência do bem”, explica o autor em entrevista ao programa ECCLESIA.
Em ano de Jornada Mundial da Juventude, que Lisboa vai acolher entre 1 e 6 de agosto, organizada com o tema «Maria levantou-se e partiu apressadamente», o padre César Silva sugere que a ação do verbo «levantar» pode adquirir um processo rápido ou “demorar anos” na vida de cada pessoa.
“O importante é conjurar os três ações – um levantar, fruto do desejo que leve a um decidir bem orientado, traduzido depois em atos concretos”, sublinha.
A publicação identifica o verbo associado “100 vezes com Deus” no Antigo Testamento, com igual ação relacionada a “Deus e a Jesus no novo Testamento”.
“Aplica-se, na Bíblia, a muitas personagens, o que mostra uma atitude humana mas também divina”, traduz.
O autor fala numa “nuance” nova que o ato de “levantamento”, mostra: “Vai além do levantar físico. Quando se traduzem os textos bíblicos, muitas vezes deixa-se este verbo de fora. Quando percebemos que este verbo, a partir do grego, diz a ressurreição percebemos que não o devemos esquecer, mesmo que seja quase um pleonasmo porque se relaciona com as línguas antigas, mas importa apresentá-lo”, enfatiza.
Se o verbo, explica o padre César Silva, manifesta o querer e a vontade pessoal, é possível também encontrar nas escrituras “um levantamento contra Jesus”: “Nem todos os levantamentos são positivos, mas as escrituras ajudam a percorrer o caminho para entender o levantar como um caminho positivo”, indica.
A sessão de lançamento do livro «Levantando-se Maria», das Paulinas editora, foi apresentado esta sexta-feira pelo bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar.
O padre César Silva sublinha ainda que o verbo manifesta uma “atitude de coragem, e alguma pressa positiva”, que em nada está relacionada com o “stress atual, mas antes com a vontade de alguém que quer fazer algo de bem”.
O autor destaca ainda o sentido que o Papa Francisco dá a este verbo, com a sua vida – “apesar das limitações” – nas suas palavras e atos.
“O Papa Francisco levanta a voz sobre situações mais delicadas e levanta-se com coragem, sem medo. Vemos como este verbo procura ser plasmado nas suas atitudes, procurando ser fiel à vocação de se levantar, mesmo com as dificuldades físicas que pode sentir”.
PR/LS
Nota: Notícia completa no portal Agência ECCLESIA