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Sínodo 2021-2023: Igreja vive o acontecimento mais importante depois do Concílio Vaticano II

Quarta-feira, Junho 22, 2022 - 01:00
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Correio do Vouga

Teólogo José Eduardo Borges de Pinho afirma que o processo em curso “exige mudanças de mentalidades” e depois “a nível das estruturas”. “Interessa passar das palavras aos atos”. José Eduardo Borges de Pinho, professor jubilado da UCP, assinala que se está a viver, nestes dias e nos próximos anos, “o acontecimento mais importante depois do Concilio Vaticano II”, com o Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa Francisco. “Não é um acontecimento fechado, este processo. Está a ter dimensões muito significativas, embora há sempre um ponto de interrogação: o que é que vai ser feito, o que é que vai resultar, depois na prática, em termos de decisões aos diversos níveis”, disse em entrevista ao programa Ecclesia, transmitido na segunda-feira na RTP2.

O Sínodo 2021-2023 tem como tema “Por uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão” e iniciou-se simbolicamente em outubro de 2021, sob a presidência do Papa, no Vaticano, marcando o arranque de uma inédita fase de consulta e mobilização das comunidades católicas de todo o mundo. Segundo José Eduardo Borges de Pinho, as pessoas sentem que muitas “ficarão por ventura à margem deste processo”, mas aquelas que participam e estão empenhadas sentem que se está num “período de mudança e de grande esperança nessa matéria”. O professor emérito de Eclesiologia na Faculdade de Teologia da UCP (Universidade Católica Portuguesa) também alerta para dois problemas, começando por explicar que “interessa passar das palavras aos atos”, o que é uma questão operativa que “exige mudanças de mentalidades, e depois a nível das estruturas”. “Depois, não podemos esquecer, felizmente: a Igreja é uma grande comunidade católica, em que há unidade na diversidade, e essa diversidade é muito grande, embora haja sempre tendências uniformistas que têm imperado ao longo da história, e estamos a ser, de certa forma, bastante marcados por isso”, desenvolveu. José Eduardo Borges de Pinho alerta para os “diversos níveis de realização” – paróquias, associações e movimentos, o nível das dioceses, da Igreja Universal – observa que uma questão que pode ser colocada, “com toda a veemência e clareza”, num nível paroquial ou diocesano mas “há uma abrangência global que nuns casos pode ajudar, noutros casos pode bloquear”, e exemplifica com o caminho sinodal na Alemanha, onde “tem havido alguma polémica”.

O teólogo realçou que é necessário uma “concentração no essencial” a todos os níveis, e pode-se fazer a perguntar sobre “o que é o essencial na liturgia, na doutrina”, no modo de organizar a vida pastoral. José eduardo Borges de Pinho “Há sempre um ponto de interrogação: o que é que vai ser feito, o que é que vai resultar, depois na prática, em termos de decisões aos diversos níveis”...

Nota: Notícia completa na edição impressa do Correio do Vouga