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Conferência Episcopal edita texto do Livro de Jeremias

Saturday, April 2, 2022 - 01:00
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Diário do Minho

A comissão coordenadora da nova tradução da Bíblia para a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) acaba de publicar o texto provisório do Livro de Jeremias, profeta do Antigo Testamento que relata a deportação para a Babilónia dos habitantes de Jerusalém. «É uma das traves-mestras da teologia e da nossa experiência religiosa», disse à Agência ECCLESIA padre João Lourenço, biblista e professor da Universidade Católica Portuguesa (UCP), responsável pela tradução deste livro.

Jeremias nasceu por volta do ano 650 a.C. e exerceu o seu ministério profético «num tempo histórico bastante conturbado», destaca a nota que acompanha a divulgação do novo texto. A intervenção profética prolongou-se por um arco de tempo que vai de 626 a 587/6 a.C., altura da deportação para a Babilónia.

O padre João Lourenço sublinha que Jeremias apresenta aos leitores a «dramaticidade da experiência crente» do próprio profeta. «Jeremias é um profeta sofredor», indica, mas oferece também «um grande sinal de esperança» à deportação para a Babilónia. Para o especialista, os capítulos 31-34 são «grandiosos» e ajudam a definir «toda a história bíblica», com temas fundamentais para o pensamento teológico católico, como o da «nova aliança», o «resto fiel» ou o «exílio», que foi relido do ponto de vista artístico e espiritual, ao longo dos seus séculos.

O docente da UCP assume que a tradução é uma tarefa «marcante», que procura tornar o texto original «acessível» a novos «enquadramentos culturais». Em março de 2019, a Conferência Episcopal apresentou o primeiro volume da nova tradução em português da Bíblia, feita por 34 investigadores a partir das línguas originais, com a publicação da edição de «Os Quatro Evangelhos e os Salmos». Desde agosto de 2021, um novo livro da Bíblia é disponibilizado mensalmente em formato digital. Publicação da Conferência Episcopal está disponível desde ontem em formato digital «A intenção é envolver a comunidade no processo, acolhendo o contributo dos leitores no que, embora sem desvirtuar o seu sentido literal, considerem ser importante para a melhoria da compreensibilidade do texto, tendo em conta que este se destina a ser utilizado em todas as dimensões da vida da Igreja em Portugal, nomeadamente na liturgia», precisa a comissão que coordena a nova tradução.

Redação/Ecclesia 

Nota: Notícia completa na edição impressa do Diário do Minho