Organizada pelo CITER e pelo Espaço Vita, a conferência será proferida por Miguel Mário Lopes Neto (Universidad de Huelva).
Introdução
O conhecimento e a comunicação, hoje, são de uma importância capital, sendo-nos proposto, por investigadores e organizações internacionais, como a UNESCO ou a União Europeias, que consideremos estar perante uma nova ecologia mediática. Estamos perante uma forte convergência: de plataformas, de aspetos relacionados com produção e consumo, hibridação de géneros e novos valores, de tempo atemporal e espaço de fluxos, ou seja, vivemos em rede, sendo simultaneamente consumidores e produtores de mensagens. As aprendizagens acontecem em ambiente não formal, com os pares e as competências para se ser competente são muito diferentes e dinâmicas.
Assim, enquanto Igreja, importa, também, que haja uma noção dos processos educativos e das competências necessárias para comunicar melhor e estar presente no mundo digital — que é Atemporal, Infinito, Testemunhal, Identitário e de Proximidade —, obrigando ao desenvolvimento de um conhecimento sobre esse espaço e suas características, de modo a que, quem o usa, saiba Aceder, Analisar, Avaliar, Criar e Comunicar.
O Magistério eclesial tem, ao longo das últimas décadas, apontado caminhos no sentido de se poder entender este processo “educomunicativo”, considerando que os cristãos devem olhar para os media como espaços de testemunho, como um Novo Fórum/Nova Ágora e como Espaço de Comunicação.
Vamos procurar perceber, a partir de um público específico — o clero católico português e espanhol — se é assim que encaram a sua presença no digital e que estratégias adotam.
